Dentre os fatores que limitam a produtividade do meloeiro destacam-se os danos ocasionados por pragas; Por isso a frequência deamostragem na cultura deve ser planejada de forma sistemática, proporcionando ao agricultor detectar a presença da praga logo no início da sua ocorrência, facilitando-se assim o controle da mesma com a aplicação das medidas de controle recomendadas.A amostragem deve ser efetuada com intervalo máximo de uma semana, tomando-se 20 pontos para uma área de até 2,5 ha. O caminhamento deve ser em ziguezague,percorrendo-se uniformemente toda área a ser amostrada. As principais pragas que ocorrem na cultura do meloeiro no Brasil, são: Brocas-das-cucurbitaceas – Diaphania nitidalis e Diaphania hyalinata; Mosca-branca – Bemisia tabaci;Pulgão – Aphis gossypii;Moscas minadoras – Liriomyza sativae e Liriomyza huidobrensis.
E aqui vamos relatar sobre a mosca-branca, que é um tipo de praga cohecida em que tivemos contato em uma viagem a campo para quixeré na fazenda belmont que tivemos no inicio deste ano, em que a praga não tinha atacado o cultivo de mamão em que perdeu toda a sua produção. A Mosca-branca trata-se de uma das pragas de maior importância sócio-econômica para cultura do meloeiro no Brasil. Este inseto apresenta alto potencial biótico, elevada capacidade de adaptação a novos hospedeiros, diferentes
condições climáticas e grande capacidade para desenvolver resistência aos inseticidas. Estes fatores fazem com que seu controle seja dificultado.Os fatores climáticos são condicionantes para o desenvolvimento da mosca-branca. Altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar favorecem seu desenvolvimento. A disseminação da praga ocorre mais frequentemente pelo transporte de partes vegetais de plantas infestadas de um local para outro.
Danos
A mosca-branca pode ocasionar danos diretos e indiretos na cultura do meloeiro. Os danos diretos são causados pela sucção da seiva da planta e inoculação de toxinas pelo inseto, provocando alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta, reduzindo o peso, o tamanho e o grau Brix dos frutos e prolongando o ciclo da cultura. Em ataques severos pode ser observado o amarelecimento das folhas mais velhas enquanto em plantas jovens ocorre a seca das folhas e, dependendo da intensidade da infestação, até mesmo morte de plantas. Além disso, grande parte do alimento ingerido é excretado na forma de um líquido semelhante a mel, que serve de meio de crescimento para um fungo saprófita de coloração negra (fumagina) que recobre as partes vegetais interferindo no processo de fotossíntese da planta. Contudo, o maior problema causado pela mosca-branca à cultura do meloeiro está relacionado com os danos indiretos, pela transmissão do vírus causador do amarelão.
Táticas de controle
O planejamento para adoção do manejo da mosca-branca no meloeiro deve ser feito antes da realização dos plantios, pois trata-se de uma cultura suscetível à essa e que, na maioria dos casos, segue um modelo de exploração dependente do mercado, ou seja, realizando-se cultivos escalonados, o que dificulta um bom manejo fitossanitário. Este manejo deve ser baseado em medidas preventivas e curativas. As medidas preventivas visam dificultar ou retardar a entrada do inseto na área, bem como eliminar as suas fontes de abrigo, de alimento e de reprodução. Medidas que favoreçam o equilíbrio biológico no agroecossistema, também, devem ser consideradas antes e após a implantação da cultura.As principais medidas preventivas para o controle e/ou convivência com a mosca-branca são:
a) planejar os plantios de forma que sejam feitos na direção contrária à dos ventos predominantes. Assim, os plantios novos serão menos infestados pela mosca-branca
oriunda do plantio mais velho;
b) fazer plantios isolados ou utilizar como cerca-viva, plantas não hospedeiras da praga (sorgo, capim-elefante, etc.), intercaladas, ao redor do plantio ou do lado
do vento predominante;
c) eliminar fontes de inóculo como maxixe, abóbora, melancia, ervas daninhas hospedeiras da praga ao redor da área a ser plantada;
d) iniciar o preparo do solo, mantendo a área limpa, pelo menos 30 dias antes do plantio;
e) não intercalar o plantio com culturas suscetíveis à praga;
f) rotação de culturas com plantas não suscetíveis;
g) após o plantio, manter a área isenta de plantas hospedeiras da praga, no interior e ao redor da cultura;
h) não permitir cultivos abandonados nas proximidades da área cultivada;
i) eliminar os restos culturais imediatamente após a colheita.
Como medida curativa, pode-se adotar o controle químico, porém, considerando-se o uso das substâncias químicas dentro de um programa de manejo integrado de pragas (MIP), pois, o uso exclusivo, não criterioso e contínuo de inseticidas não é a solução permanente para o controle da mosca-branca. Os produtos a serem utilizados no controle químico devem ser aqueles registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a cultura do meloeiro, respeitando-se as doses indicadas e o período de carência de cada produto.
Amostragem
O processo de amostragem deve ser realizado de preferência em horário com temperatura do dia mais amena, geralmente, de 6h às 9h. Para o adulto, amostrar uma folha do terceiro nó, a partir do ápice do ramo, observando-se, a parte inferior da folha. Para as ninfas, amostrar uma folha do oitavo ao décimo nó do ramo, observando-se, com auxílio de uma lupa de bolso, uma área de uma polegada quadrada na face inferior da folha, próxima à nervura central.
Nível de controle
Dois insetos adultos, quando na presença de sintomas de ataque do vírus do amarelão e dez insetos adultos, na ausência de sintomas do amarelão.Pelos resultados de pesquisa com a mosca-branca, constataram-se que o nível de controle encontra-se dentro de uma faixa que é definida em função da variedade e/ou híbrido utilizado, condições climáticas, bem como condições nutricionais da planta.
Referências
EMBRAPA. Pragas, sugestão de amostragem e alternativas de controle da Mosca-Branca. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mela /SistemaProducaoMelao/index.html>. Acessado em: 15 de agosto de 2013.