segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Vídeo: Análises químicas - Sólidos Solúveis, Acidez titulável e pH

Vídeo mostrando as principais análises químicas realizadas no melão

Confira abaixo:




 Resultados: 

Sólidos Solúveis 9,2 % 
Acidez Titulável 0,13%
pH 5,52 

Mais Informações:

                    Melão pele de sapo e amarelo - ambos possuem parâmetros químicos semelhantes


                                                   Fruto sendo preparado para processamento
                                                           Refratômetro - medidor de açúcares

                                                                           Medidor de pH




quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Vídeo: Nossa visita a pequena produção de melão - Fazenda Terra Santa - Ceará

 Vídeo mostrando a nossa visita a fazenda Terra Santa em Quixeré - CE, abordando temas como: preparo da área, nutrição para cultura, análise foliar e dificuldades na produção do meloeiro amarelo.







sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Pragas, sugestão de amostragem e alternativas de controle da Mosca-Branca





 


Dentre os fatores que limitam a produtividade do meloeiro destacam-se os danos ocasionados por pragas; Por isso a frequência deamostragem na cultura deve ser planejada de forma sistemática, proporcionando ao agricultor detectar a presença da praga logo no início da sua ocorrência, facilitando-se assim o controle da mesma com a aplicação das medidas de controle recomendadas.A amostragem deve ser efetuada com intervalo máximo de uma semana, tomando-se 20 pontos para uma área de até 2,5 ha. O caminhamento deve ser em ziguezague,percorrendo-se uniformemente toda área a ser amostrada. As principais pragas que ocorrem na cultura do meloeiro no Brasil, são: Brocas-das-cucurbitaceas – Diaphania nitidalis e Diaphania hyalinata; Mosca-branca – Bemisia tabaci;Pulgão – Aphis gossypii;Moscas minadoras – Liriomyza sativae e Liriomyza huidobrensis.

 E aqui vamos relatar sobre a mosca-branca, que é um tipo de praga cohecida em que tivemos contato em uma viagem a campo para quixeré na fazenda belmont que tivemos no inicio deste ano, em que a praga não tinha atacado o cultivo de mamão em que perdeu toda a sua produção. A Mosca-branca trata-se de uma das pragas de maior importância sócio-econômica para cultura do meloeiro no Brasil. Este inseto apresenta alto potencial biótico, elevada capacidade de adaptação a novos hospedeiros, diferentes
condições climáticas e grande capacidade para desenvolver resistência aos inseticidas. Estes fatores fazem com que seu controle seja dificultado.Os fatores climáticos são condicionantes para o desenvolvimento da mosca-branca. Altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar favorecem seu desenvolvimento. A disseminação da praga ocorre mais frequentemente pelo transporte de partes vegetais de plantas infestadas de um local para outro.


Danos
 A mosca-branca pode ocasionar danos diretos e indiretos na cultura do meloeiro. Os danos diretos são causados pela sucção da seiva da planta e inoculação de toxinas pelo inseto, provocando alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta, reduzindo o peso, o tamanho e o grau Brix dos frutos e prolongando o ciclo da cultura. Em ataques severos pode ser observado o amarelecimento das folhas mais velhas enquanto em plantas jovens ocorre a seca das folhas e, dependendo da intensidade da infestação, até mesmo morte de plantas. Além disso, grande parte do alimento ingerido é excretado na forma de um líquido semelhante a mel, que serve de meio de crescimento para um fungo saprófita de coloração negra (fumagina) que recobre as partes vegetais interferindo no processo de fotossíntese da planta. Contudo, o maior problema causado pela mosca-branca à cultura do meloeiro está relacionado com os danos indiretos, pela transmissão do vírus causador do amarelão.


Táticas de controle
 O planejamento para adoção do manejo da mosca-branca no meloeiro deve ser feito antes da realização dos plantios, pois trata-se de uma cultura suscetível à essa e que, na maioria dos casos, segue um modelo de exploração dependente do mercado, ou seja, realizando-se cultivos escalonados, o que dificulta um bom manejo fitossanitário. Este manejo deve ser baseado em medidas preventivas e curativas. As medidas preventivas visam dificultar ou retardar a entrada do inseto na área, bem como eliminar as suas fontes de abrigo, de alimento e de reprodução. Medidas que favoreçam o equilíbrio biológico no agroecossistema, também, devem ser consideradas antes e após a implantação da cultura.As principais medidas preventivas para o controle e/ou convivência com a mosca-branca são:

a) planejar os plantios de forma que sejam feitos na direção contrária à dos ventos predominantes. Assim, os plantios novos serão menos infestados pela mosca-branca
oriunda do plantio mais velho;
b) fazer plantios isolados ou utilizar como cerca-viva, plantas não hospedeiras da praga (sorgo, capim-elefante, etc.), intercaladas, ao redor do plantio ou do lado
do vento predominante;
c) eliminar fontes de inóculo como maxixe, abóbora, melancia, ervas daninhas hospedeiras da praga ao redor da área a ser plantada;
d) iniciar o preparo do solo, mantendo a área limpa, pelo menos 30 dias antes do plantio;
e) não intercalar o plantio com culturas suscetíveis à praga;
f) rotação de culturas com plantas não suscetíveis;
g) após o plantio, manter a área isenta de plantas hospedeiras da praga, no interior e ao redor da cultura;
h) não permitir cultivos abandonados nas proximidades da área cultivada;
i) eliminar os restos culturais imediatamente após a colheita.

 Como medida curativa, pode-se adotar o controle químico, porém, considerando-se o uso das substâncias químicas dentro de um programa de manejo integrado de pragas (MIP), pois, o uso exclusivo, não criterioso e contínuo de inseticidas não é a solução permanente para o controle da mosca-branca. Os produtos a serem utilizados no controle químico devem ser aqueles registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a cultura do meloeiro, respeitando-se as doses indicadas e o período de carência de cada produto.


Amostragem
O processo de amostragem deve ser realizado de preferência em horário com temperatura do dia mais amena, geralmente, de 6h às 9h. Para o adulto, amostrar uma folha do terceiro nó, a partir do ápice do ramo, observando-se, a parte inferior da folha. Para as ninfas, amostrar uma folha do oitavo ao décimo nó do ramo, observando-se, com auxílio de uma lupa de bolso, uma área de uma polegada quadrada na face inferior da folha, próxima à nervura central.

Nível de controle

 Dois insetos adultos, quando na presença de sintomas de ataque do vírus do amarelão e dez insetos adultos, na ausência de sintomas do amarelão.Pelos resultados de pesquisa com a mosca-branca, constataram-se que o nível de controle encontra-se dentro de uma faixa que é definida em função da variedade e/ou híbrido utilizado, condições climáticas, bem como condições nutricionais da planta.


Referências

EMBRAPA. Pragas, sugestão de amostragem e alternativas de controle da Mosca-Branca. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mela /SistemaProducaoMelao/index.html>. Acessado em: 15 de agosto de 2013.









segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Visita a comunidade Pau Branco - Pequenos produtores de melão



Na última semana fomos a comunidade Pau Branco (zona rural de Mossoró) para uma palestra sobre pragas agrícolas do mamão. O público alvo eram os pequenos produtores de mamão, porém, a maioria deles também produziam melão. Então surgiu a oportunidade de trocar informações sobre a produção de melão com os pequenos produtores da fruta,  já que estes estão com o mercado de melão cada vez mais complicado devido ao grande polo de grandes empresas nacionais e internacionais na comunidade, visto que, toda tecnologia que envolve produção de melão está centrada, principalmente, nessa área, gerando considerável competitividade entre grandes e pequenos produtores.

Ao final da palestra, batemos um papo com um dos participantes, o senhor Keginaldo, que possui algumas culturas além do melão. Ele explica que o melão é uma fruta instável com relação a economia, uma hora você ganha muito dinheiro, outra hora seu prejuízo é maior.


Plantação de melão em Pau Branco RN


A maioria, ou 100% dos pequenos produtores de melão não realizam análises químicas para saber se aquele melão é doce, por exemplo. Eles compram as mudas e plantam. Segundo Keginaldo, na hora da venda o dono do mercado ou empresa que compra o produto pode provar, só para certificar, essa é a análise que é feita. Ele disse que sabe que existe um aparelho que indica o teor de acidez, pH, sólidos solúveis, mas ele não o usa, por não ter oportunidade. A preocupação dos pequenos produtores quanto a isso não é relevante, uma vez que o destino da produção de melão é interna. Então não há uma exigência de parâmetros para essa fruta no mercado da região, ao contrário do mercado internacional, em que as exigências são maiores e requerem um pouco mais de investimento na produção de melão, como por exemplo, o uso de um aparelho para fazer análises químicas da fruta.


Logo mais, voltaremos com novidades de como medir os parâmetros citados nessa postagem: Acidez, pH e sólidos solúveis com dois tipo de melão.

sábado, 27 de julho de 2013

Ácidos presentes na composição química do melão: Ácido Cítrico e Ácido málico

      O melão é especialmente rico em elementos minerais, particularmente potássio, sódio e fósforo (Tabela 1). Já o valor energético é relativamente baixo, 20 a 62 kcal/100g de polpa e a porção comestível representa 55% do fruto (Franco 1992; Artés et al.1993; Robinson e Decker-Walters, 1997). Em geral, o melão apresenta quantidades substanciais dos ácidos cítrico e málico, com predominância do primeiro. Mendlinger e Pasternak (1992) reportam teores de ácido cítrico variando de 0,051% a 0,35% O fruto do melão é consumido “ in natura “, como ingrediente de saladas com frutas ou outras hortaliças e na forma de suco. 

 


Ácido Cítrico
Zitronensäure - Citric acid.svg



      O ácido cítrico é um ácido orgânico tricarboxílico presente na maioria das frutas, sobretudo em cítricos como o limão e a laranja. Sua formula química é C6H8O7.
        A acidez do ácido cítrico é devida aos três grupos carboxilas -COOH que podem perder um próton em soluções. Como consequência forma-se um íon citrato. Os citratos são bons controladores de pH de soluções ácidas.
        Quimicamente, o ácido cítrico compartilha as características de outros ácidos carboxílicos. Quando aquecido acima de 175 °C, se decompõem produzindo dióxido de carbono e água.

Ácido Málico

     Membro do grupo dos ácidos carboxílicos, o ácido málico é um ácido orgânico composto por quatro átomos de carbono, seis de hidrogênio e cinco de oxigênio. Solúvel em água, diácido, apresenta aspecto de cristais brancos em sua forma pura, é inodoro e tem sabor fortemente azedo.


          Na indústria alimentícia, o ácido málico é um importante composto, primeiro pela sua propriedade acidulante, ou seja, é capaz de neutralizar o sabor doce de alimentos e bebidas, tornando-o mais ácido. Depois, pela sua ação flavorizante, que tem a função de realçar o sabor dos alimentos e mascarar sabores indesejáveis fornecidos por outros ingredientes.


Referências

HORTIBRASIL. Melão. Disponível em: <http://www.hortibrasil.org.br/jnw/images/stories/Melao/m.69.pdf>. Acessado em: 26 de Julho de 2013.